terça-feira, outubro 06, 2009

Estomatite (mais algumas informações)

O que é estomatite?


Estomatite é uma infecção viral bastante comum em crianças e provoca várias feridinhas (ou aftas) na boca e garganta, causando muitas vezes grande desconforto e dor. Apesar de ser duro ver a criança sofrer, geralmente não há motivos para maior preocupação.

A maioria das pessoas carrega os vírus que causam o problema. Na realidade, o quadro de estomatite de seu filho pode ser sinal da primeira infecção com o herpes simples tipo 1 (HSV-1), um vírus que quase todos nós "pegamos" na primeira infância e carregamos dentro do corpo para o resto da vida.

Outro vírus, o coxsackie, também pode provocar estomatites e a chamada doença de mão, pé e boca (também caracterizada por pequenas lesões nestas partes).


Quais são os Sintomas?

As feridas são pequenas (de 1 a 5 milímetros de diâmetro), acinzentadas ou amareladas no centro e avermelhadas por fora. Sua gravidade e localização depende muito do tipo de vírus que está provocando a estomatite.

As lesões podem aparecer na gengiva, na parte interna das bochechas, no fundo da boca, nas amígdalas, na língua ou no céu da boca. As gengivas podem ficar ainda inflamadas e sangrar facilmente.

Como essas aftas costumam ser doloridas, seu filho possivelmente ficará irritado, vai babar mais que o de costume e perderá o apetite e até a sede (dói para engolir). Mau hálito e febre (de até 40 graus Celsius) também podem aparecer, e os gânglios do pescoço tendem a ficar inchados e sensíveis.

Observação: Em casos raros, uma estomatite causada pelo vírus do herpes pode se espalhar para os olhos e infectar a córnea. Uma infecção desse tipo pode levar a danos permanentes nos olhos, por isso leve seu filho imediatamente a um médico se ele tiver estomatite e você perceber que os olhos dele estão avermelhados, lacrimejantes e há sensibilidade à luz (sinais iniciais da infecção conhecida como ceratite herpética).

Como se trata a estomatite?


A primeira coisa para lembrar é que, como é uma infecção causada por vírus, antibióticos não fazem efeito nenhum. As lesões na boca devem passam em uma ou duas semanas. Veja a seguir algumas dicas para aliviar o desconforto do seu filho e mantê-lo o mais saudável possível:

• Medicamentos à base de paracetamol ou ibuprofeno podem ajudar a diminuir a dor e a febre (nunca dê aspirinas a ninguém com menos de 20 anos, porque ela pode levar a uma rara, porém grave, doença chamada síndrome de Reye). Se a dor for tão forte que a criança não conseguir comer ou beber nada, seu médico poderá receitar um analgésico mais forte.

• Embora a criança não tenha vontade de beber nada por causa da dor ao engolir, é importantíssimo mantê-la hidratada. Tente oferecer bebidas mais frias, não ácidas e não gasosas -- água, milk shakes ou sucos diluídos (de maçã, por exemplo) são boas opções. A desidratação pode aparecer rapidamente em crianças pequenas. Ligue para o médico se seu filho ficar mais de seis horas sem urinar ou beber nada.

• Procure dar alimentos mais frios também, como sorvete e iogurte, e comidas menos temperadas, como macarrão só na manteiga ou com azeite e purê de batata ou mandioquinha.

Existe prevenção contra estomatites?


É difícil impedir as estomatites, já que o vírus está no corpo de tantos adultos e crianças e é facilmente transmitido (assim como o coxsackie) através do contato normal entre pessoas. O que é possível fazer é não deixar as crianças perto de alguém que esteja com uma infecção por herpes ativa ou qualquer lesão na boca (e isso incluí você também).

Para proteger os outros, não mande seu filho para a escolinha enquanto estiver doente.

Se as feridinhas na boca forem causadas pelo herpes, o vírus ficará no corpo para sempre. A boa notícia, no entanto, é que o primeiro surto de estomatite costuma ser o pior, e o problema não necessariamente se repetirá a toda hora.

site: http://brasil.babycenter.com/toddler/saude/estomatite/

quinta-feira, maio 21, 2009

Caso clínico

Clareamento em Consultório

com Peróxido de Hidrogênio 35% - Produto Mix One


Com o protetor gengival e após 3 aplicações do produto sem ativação de luz durante 15 minutos cada.



Resultado



- Infelizmente houve falha na barreira gengival e a gengiva apresentou-se desta forma quando removi toda a barreira, foi aplicado Bicarbonato de sódio a 7% nos locais agredido pelo produto e um dia após já havia regridido quase toda a coloração gengival.

- Foi feita mais uma sessão ápós 7 dias de clareamento porém estou sem a foto final.

- O paciente ficou muito satisfeito com o resultado e teve sensibilidade somente no dia da aplicação dos produtos.



Clareamento Dental

Fatores Intrínsecos - Manchamentos Internos

O Agente causal compartilha estruturalmente com os elementos constitutivos dos tecidos duros dos dentes. (ALBERS, 1998) Classifica- as segundo sua natureza:
1. Congênita : Hipoplasia do Esmalte - Fluoroxe, Dentinogênese imperfeita

2. Adquirida: Pré-eruptivo – Eritroblastose fetal, Hepatite Infantil, Porfiria, Tetraciclinas.
Pós Eruptivo: Traumatismo, necroses, Impregnações metálicas, Medicamentos Odontológicos, Envelhecimento.


Técnicas = eficácia + rapidez

Mecanismo Químico dos agentes Clareadores

Pigmento Escuro à Parcialmente Clareado à Completamente Clareado (Ponto de Saturação) à Degradação de matriz (Liberação de Dióxido de Carbono e Água)

Substâncias Utilizadas:

- Peróxido de Hidrogênio
- Perborato de sódio
- Peróxido de Carbamida

OBS: Ácido clorídrico : Não é um agente clareador; Produz uma micro erosão/abrasão controlada , Desmineraliza o esmalte de forma não seletiva juntamente com a mancha, expondo uma camada sub-superficial não manchada.

Peróxido de Hidrogênio :
- Agente Oxidante
- Baixo peso molecular
- Alta instabilidade
- Alta capacidade de desnaturar proteínas
- Substância cáustica


Tipos de Clareamento

Clareamento caseiro: Peróxido de hidrogênio 1,5% a 10% ou Peróxido de Carbamida 10% a 16% (No máximo 21 dias com acompanhamento do profissional em odontologia)

Clareamento de Consultório: Peróxido de hidrogênio 30% a 35% (mais efetivo) ou Peróxido de carbamida 35% a 37% ( No máximo 3 aplicações com intervalo de 1 semana é o adequado)

Clareamento de Consultório
- Exógeno / Externo
- Endógeno / Interno

Técnicas:

Clareamento Consultório – Peróxido de hidrogênio (30-35%) ou peróxido de carbamida (35%) –
Indicações:
Escurecimento natural
. Fluorose suave
. Tetraciclina suave a moderada ( sem bandas)
Longevidade aproximada de 6 a 24 meses


Clareamento caseiro: Peróxido de hidrogênio (1,5%a 10%) ou peróxido de carbamida (10- 16%)
Indicações:
. Escurecimento natural
. Tetraciclina suave
. Dentes não vitais
. Calcificação pulpar
Longevidade aproximada de pelo menos 12 meses

Clareamento interno: Peróxido de hidrogênio (35%) ou perborato de sódio
Indicações:
. Dentes não vitais
. Tetraciclina moderada – severa
Longevidade de 1 a 3 anos (variável)

Microabrasão (esmalte): Ácido Clorídrico (8 – 16%)
Indicações:
. Manchas localizadas por fluorose (branca ou marrom)
Longevidade geralmente é permanente.

Procedimentos iniciais:
Exame Clinico
Saúde Periodontal
Expectativa do paciente
Identificar os fatores de escurecimento dental
Vedamento de lesões cariosas
Verificar restaurações infiltradas e/ou trincas do esmalte

Incovenientes do clareamento caseiro:
- Deglutição do produto
- Moldeiras mal adaptadas
- Irritação do estômago
- Gosto desagradável
- Maior tempo de uso

Técnicas de Clareamento de Consultório:


- Profilaxia
- Proteção de tecidos gengivais
- Aplicação dos produtos de acordo com o fornecedor

Cuidados primeiras 24 horas

- Evitar alimentos com corantes
- Evitar dieta ácida
- Evitar fumar
- Se necessário utilizar analgésicos
- Bochechos fluoretados

Clareamento Endógeno
Causas intrínsecas locais:
- Abertura coronária insuficiente
- Hemorragia pulpar
- Decomposição do tecido pulpar
- Traumatismos dentários
- Substâncias obturadoras

Indicações:
- Escurecimento após tratamento endodôntica
- Escurecimentos recentes
- Escurecimento após necrose
- Escurecimento em dentes jovens

Contra- indicações
- Escurecimnto por medicamentos
- Falta de estrutura dental remanescente
- Dentes traumatizados (reabsorções)
- Escurecimentos antigos
- Pigmentos metálicos

Cuidados ao iniciar o clareamento endógeno:
- Análise da estrutura dental
- RX do tratamento endodôntico
- Registro da cor do dente
- Abertura coronária
_ Limpeza coronária
- Confecção de “tampão”

Técnica de clareamento dental Endógeno
- Confecção de tampão Cervical ou Rolha Biológica
* Cimento de fosfato de Zinco
* Cimento de ionômero de vidro
* Óxido de zinco e eugenol
* Resina composta Flow
* Cimentos Sealer 26

Consiste na remoção do material obturador com fresas ou instrumentos aquecidos 2mm abaixo da gengiva (altura do sulco gengival)

Sequência Clínica:
RX, exame clinico do trat. Endodôntico
Escolha da cor dente (foto e escala)
Abertura coronária
Isolamento absoluto
Tampão cervical
Curativo
Trocar o curativo a cada 3-5dias
Avaliação semanal

Protocolo Clareamento Endógeno:
- Aplicação da Pasta de Hidróxido de Cálcio no interior do conduto radicular : Neutralizar os efeitos deletérios dos agentes clareadores em toda a câmara pulpar e também ao nível cervical, permear os tecidos dentais, chegando a junção neutralizando a acidez local que poderia iniciar a reabsorção cervical.

Proservação: Acompanhamento radiográfico apor tratamento clareador por vários anos.
à LADO, STANLEY< WIESMAN em 1983 observam ocorrência de reabsorção cervical externa no período de a 7 anos após o tratamento clareador interno.

Efeitos deletérios dos agentes clareadores nos dentes:
- Sensibilidade dentária devido á permeabilidade do esmalte e dentina
- Estado inflamatório reversível ou irreversível (?)
- Alterações na morfologia do espalmente (dependendo do ph do gel)
- Alterações da adesão à superfície dentária (Procedimentos adesivos somente após 14 dias de finalização do tratamento)
- Irritações aos tecidos moles (concentração do gel, tipo de substância utilizada e tempo de utilização)


Referências: Aula Prof. Dr. João Carlos Gomes

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Câncer de Boca

O que é câncer?

Câncer é um nome dado a um conjunto de doenças que têm em comum o crescimento desordenado e descontrolado de células anormais, que invadem os tecidos e órgãos, podendo se espalhar para outras regiões do corpo.

Qual o tipo mais comum e quais as pessoas são mais atingidas pelo câncer de boca?
Na realidade, existem vários tipos de câncer de boca, porém o mais comum, representando cerca de 90% de todos os casos, é o chamado carcinoma de células escamosas, também conhecido como carcinoma epidermóide e carcinoma espinocelular. Este tipo de câncer de boca afeta mais freqüentemente homens acima de 40 anos de idade e se origina das células mais superficiais (epiteliais) que recobrem a boca. Portanto, pode ser facilmente identificado logo no início, se o paciente tiver o hábito fazer o auto-exame da boca e freqüentar seu dentista regularmente.

Quais os fatores de risco para o câncer de boca?

O principal fator de risco para o aparecimento do câncer de boca é o uso do tabaco. Toda a forma de tabaco, como o cigarro, o cachimbo, o charuto, o rapé, o cigarro de palha e o tabaco mascado, é maléfica à saúde. Dependendo do tipo e da quantidade utilizada, tabagistas apresentam cerca de 4 a 15 vezes mais chances de desenvolver o câncer de boca. O cachimbo e o charuto são os que mais provocam danos à mucosa da boca. O tabaco apresenta cerca de 4.700 substâncias tóxicas e, dentre estas, 60 apresentam ação carcinogênica (de causar câncer). Além destas substâncias tóxicas, a ação do calor desprendido pelo fumo aumenta a agressão à mucosa da boca. O consumo exagerado de bebidas alcoólicas é outro fator de risco, chegando a aumentar 9 vezes as chances do aparecimento do câncer de boca. Pessoas que fazem uso do tabaco e também são etilistas apresentam um risco muito maior de ter esta doença (cerca de 35 vezes mais chances).
Um outro fator de risco é o uso de próteses dentárias mal-adaptadas ou fraturadas e dentes fraturados ou com bordas cortantes que causam ulcerações (feridas) na boca. As úlceras, mesmo que durem pouco tempo, permitem o contato mais direto das substâncias do tabaco e do álcool que podem causar o câncer.
Deficiências nutricionais também são importantes para o aparecimento do câncer de boca. Uma dieta rica em gorduras, álcool ou pobre em proteínas, vitaminas (A, E, C, B2) e alguns minerais, como o cálcio e o selênio, é considerada um importante fator de risco.
A radiação solar também é um fator extremamente importante, especificamente no desenvolvimento do câncer de lábio.

Como se apresenta o câncer de boca?

Em estágios iniciais o câncer é indolor e a lesão é pequena, o que pode passar despercebido pelo paciente e pelo próprio cirurgião-dentista, se este não tiver o hábito de realizar o exame completo da boca em todos os pacientes, periodicamente.
O câncer de boca pode ter vários aspectos, como uma úlcera (ferida) que não cicatriza, uma mancha branca e/ou vermelha, uma mancha marrom e/ou negra (no caso específico de um tipo de câncer chamado melanoma) ou, ainda, um aumento de volume ("caroço", "bolinha"). Além disto, a presença de dor, de dificuldade na fala, na mastigação e na deglutição, emagrecimento acentuado e aumento dos linfonodos (íngua) no pescoço e debaixo da mandíbula podem ser sinais e sintomas de câncer de boca em estágio avançado.

Como se prevenir do câncer de boca?
Através de exames bucais periódicos feitos pelo seu cirurgião-dentista
Realizando o auto-exame da boca 1 vez por mês(Para saber como realizar o auto-exame da boca, Deixando de fumar
Evitando o consumo exagerado de bebidas alcoólicas
Fazendo uma dieta saudável
Eliminando fatores traumáticos na boca (dentes fraturados ou com cáries, restos dentários, próteses fraturadas ou mal adaptadas)
Protegendo-se da radiação solar (protetor solar nos lábios, chapéu de aba longa)


Por que fazer o auto-exame da boca?
O auto-exame é feito como uma forma de prevenção do câncer de boca, que é uma doença que tem cura se for diagnosticada em sua fase inicial. Além disto, existem inúmeras outras doenças que acometem esta região e que podem ser identificadas com este exame.

O que procurar no auto-exame da boca?
Mudanças de cor
Endurecimentos, caroços
Ulcerações (feridas)
Áreas dormentes
Sangramento
Como fazer o auto-exame da boca?
1. O auto-exame deve ser feito diante de um espelho e em um local bem iluminado. Faça uma boa higiene bucal. Os pacientes portadores de próteses dentárias devem retirá-las.

2. A pele do rosto e do pescoço devem ser examinadas (veja e apalpe) para observar se há alguma alteração que não havia sido notada anteriormente. Observe se há caroços ou áreas endurecidas.

3. Puxe o lábio inferior para baixo, expondo toda a mucosa (parte interna). Examine e apalpe todo o lábio. Faça o mesmo com o lábio superior.

4. Com a ponta do dedo indicador, afaste mucosa jugal (parte interna da bochecha) para examiná-la e apalpá-la. Faça isto no lado direito e esquerdo.

5. Examine e apalpe toda a gengiva superior e inferior.

6. Coloque a língua para fora e observe o seu dorso (parte de cima).

7. Coloque a língua para fora e puxe-a (com uma gaze) para a esquerda e observe a porção lateral da mesma. Repita o procedimento para o lado direito.

8. Coloque a ponta da língua no palato (céu da boca) e observe sua face ventral (parte inferior).

9. Ainda com a ponta da língua no palato (céu da boca), examine e apalpe o assoalho da boca com o dedo indicador. Coloque o dedo polegar por baixo do queixo para dar apoio.

10. Incline a cabeça para trás, abra a boca o máximo possível e examine o palato (céu da boca). Apalpe com o dedo indicador toda esta região. Em seguida, diga ÁÁÁ... e examine a orofaringe (garganta).





Se você encontrar alguma alteração, procure um estomatologista.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Xerostomia

Acupuntura é opção de tratamento barata e eficaz para a xerostomia

Aplicado após a radioterapia de cânceres de cabeça e pescoço, o método alternativo permite aumentar o fluxo de saliva em quem já sofre do problema e garantir menor redução na produção salivar em pacientes que passarão pelo tratamento oncológicoPessoas que sofrem de xerostomia ou secura bucal podem ter sua qualidade de vida aumentada com a acupuntura. O tratamento é eficaz tanto para amenizar o problema já existente quanto para prevenir um quadro mais grave desse efeito adverso, comum e freqüentemente irreversível, decorrente da radioterapia de cânceres de cabeça e pescoço (como na boca, faringe e região cervical). Em mestrado desenvolvido na Faculdade de Odontologia (FO) da USP, o cirurgião-dentista Fábio do Prado Florence Braga avaliou a eficácia clínica da terapia e desenvolveu um protocolo inédito para seu uso como método preventivo.
A xerostomia é causada pela radiação emitida nesse tipo de tratamento oncológico, que danifica as glândulas salivares, compromete o fluxo salivar e dá a sensação de boca seca. "Essa condição gera intenso desconforto e interfere no emocional e na qualidade de vida do paciente", afirma Braga. Sem a saliva, falar, mastigar e engolir torna-se mais difícil, e a boca fica desprotegida, podendo ocorrer infecções oportunistas, como cárie de rápida progressão e ardência bucal, entre outros efeitos secundários.
Existem diferentes métodos para solucionar tal problema, como a ingestão constante de água, a mastigação de balas ou chicletes sem açúcar para estimular as pequenas glândulas que sobreviveram à radiação. Há também o uso de substitutos de saliva ou drogas como a pilocarpina. "Apesar de trazerem resultados positivos, os tratamentos disponíveis são apenas paliativos e apresentam desvantagens como a curta duração, efeitos colaterais e alto custo, especialmente no caso dos medicamentos", alerta o pesquisador.
A acupuntura, ao contrário, é barata (cada agulha custa de R$0,10 a R$0,15 e são usadas de 10 a 20 unidades por sessão) e seus efeitos adversos são leves (como sonolência e pequenos hematomas) ou ausentes. "A possibilidade de sua aplicação surgiu do fato de já utilizá-la para outras enfermidades - como paralisia e falta de sensibilidade facial, síndrome de ardência bucal - que também não respondem satisfatoriamente aos métodos de tratamento convencionais", conta Braga.
AvaliaçãoO tratamento foi realizado de forma padronizada, duas vezes por semana, por um período de 20 minutos cada sessão, num total de 12 a 16 sessões. Foi medida a quantidade de saliva produzida e avaliou-se a percepção do paciente em relação à secura da boca por meio de questionários sobre hábitos do dia-a-dia, sensação de desconforto e grau de severidade da doença.
Participaram do estudo 24 pessoas (8 mulheres e 16 homens), com idade entre 44 e 82 anos - faixa etária em que a incidência de cânceres de cabeça e pescoço é maior -, atendidas na Clínica de Semiologia e no Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE), ambos da FO, e também no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Radioterapia do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC). Metade dos voluntários já apresentava xerostomia e formou o grupo curativo, que recebeu tratamento com acupuntura após o término da radioterapia. Seus dados, coletados antes de se iniciar o tratamento, compuseram o grupo controle - a base de comparação dos resultados. Os outros 12 pacientes formaram o grupo preventivo, que recebeu sessões de acupuntura antes e durante a radioterapia.
"Comparando-se o fluxo de saliva do grupo controle e do curativo, ou seja, antes e depois da acupuntura, houve um aumento de 142,2% na quantidade de saliva produzida e o paciente sentiu uma melhora de 192,4% nos sintomas", afirma o pesquisador. "O grupo preventivo, apesar de ter sofrido perda por conta da radioterapia, obteve salivação 498,2% melhor que o grupo controle. A percepção do paciente indicou que a redução do fluxo foi 209,8% menor". A ansiedade e os sintomas de depressão nos pacientes também foram diminuídos com o tratamento.
O pesquisador aponta que tanto o aumento do fluxo salivar como a redução dos sintomas foram estatisticamente significativos e o método preventivo alcançou resultados superiores ao curativo - que já é realizado com sucesso em outros países. "A acupuntura se mostrou eficaz e um importante método de tratamento da xerostomia, visto ter minimizado este efeito adverso severo, especialmente com o novo enfoque dado com o método preventivo, sugerindo a sua indicação nos centros oncológicos", conclui.


Agencia USP de Notícias
http://www.odontologia.com.br/noticias.asp?id=1159&ler=s&busca=s

Diagnóstico que começa pela boca

Fluidos orais podem sugerir quadros depressivos, diabete, anemia, cirrose, artrite e doenças auto-imunes

Muita ou pouca saliva? Ela está ralinha ou espessa? Responder a essas perguntas é uma forma de cuidar da saúde bucal e do corpo todo. Os fluidos orais, embora menosprezados por grande parte dos dentistas, podem sugerir quadros depressivos, diabete, anemia, cirrose, artrite e doenças auto-imunes. Apesar disso, apenas 7% dos profissionais consultados pela Sociedade Brasileira de Periodontologia (Sobrape) avaliam a saliva de seus pacientes. Esta é a conclusão de um estudo apresentado durante o 8º European Symposium on Saliva, na Holanda, pela periodontista Denise Falcão, mestre em ciências da saúde e pesquisadora da Universidade de Brasília. ''O teste de saliva é simples, leva uns 15 minutos. O problema é que vários dentistas não sabem aplicá-lo. Basta ter um medidor digital de PH, uma pipeta graduada, um timer e um espessímetro. Não é equipamento caro.'' Na opinião de Denise, a falta de informação entre os dentistas começa na sala de aula. ''Constatamos que 69% dos profissionais consultados nem sequer tiveram aula sobre saliva na faculdade. Mesmo assim, 73% deles disseram considerar a saliva importante para avaliar a saúde do paciente'', detalha Denise. Participaram do estudo da Sobrape 58 profissionais, recrutados em várias regiões do País. ''É preciso conscientizá-los de que a saliva é a primeira linha de defesa da boca, quando há alterações no fluxo a pessoa fica mais vulnerável a bactérias, infecções oportunistas e câncer bucal'', completa. A dentista explica que o volume de saliva pode fornecer pistas importantes sobre patologias, mas enfatiza a necessidade de exames complementares para um diagnóstico preciso. Este é o caso da síndrome de Sjögren, que tem caráter auto-imune e acomete sobretudo mulheres. ''Trata-se de uma destruição das glândulas lacrimais e salivares que podemos detectar pela escassez de saliva e lágrimas. Tenho vários casos nos quais o diagnóstico partiu de uma suspeita levantada pela saliva. A atuação conjunta entre dentista, reumatologista e oftalmologista é fundamental para um diagnóstico precoce, que nos possibilite melhorar a qualidade de vida das pessoas'', explica. Nos casos de alteração salivar, exames de sangue e as análises clínicas são boas alternativas para investigar suspeitas. ''Algumas vezes a falta de saliva não indica doença. Se há baixo consumo de alimentos fibrosos e pouca ingestão de água pode ocorrer uma atrofia das glândulas salivares. Na medida em que a população começa a consumir alimentos mais pastosos começam a existir alterações nas glândulas salivares'', esclarece. Consultora de estomatologia da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e doutora em odontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Maria Carméli Sampaio garante que o fluxo de saliva pode interferir até mesmo nos processos digestivos. ''Uma quantidade adequada de saliva é essencial para que se tenha um bom processo digestivo e uma absorção adequada de nutrientes. Algumas vezes o paciente apresenta prisão de ventre e nem imagina que a origem desse problema pode estar na boca. Até mesmo o estresse exerce impacto sobre a saliva, diminuindo o seu volume'', explica. Maria Carméli diz que a saliva tem sido muito estudada pelos dentistas mas pouco usada como instrumento investigativo. ''Um procedimento importante que o dentista poderia fazer por meio da saliva é avaliar o índice de cárie, mas quase ninguém se preocupa com isso. Após concluído o tratamento dentário o ideal é que o paciente aguarde um mês e retorne ao dentista para fazer um teste e saber se está livre daquela bactéria ou se ainda há resquícios na cavidade bucal. Uma saliva mais grossa pode indicar, por exemplo, reação de leveduras, como é o caso da cândida, conhecida como sapinho. Não é à toa que na tradicional medicina chinesa o diagnóstico é dado após análise da língua e da saliva.''
Equipe AE

Fonte: Jornal Folha de Londrina - Pr (01/12/2008)

quinta-feira, agosto 28, 2008

Hespes Simples



O herpes simples é uma doença infecciosa aguda. Com exceção das infecções respiratórias, é, provavelmente, a virose mais comum.


Os vírus do herpes simples (VHS ou HSV), apresentam dois tipos distintos: tipo 1 (VHS-I), causador das infecções bucais, e o tipo 2 (VHS-II), causador das infecções genitais.
Atualmente, sabe-se que tanto o tipo 1 como o tipo 2 podem provocar infecções em ambas as localizações, entretanto, a maioria das infecções bucais é devida ao VSH-I.
São vesículas que aparecem geralmente na gengiva, língua e lábios, podendo em média durar 10-14 dias. Pode causar febre, mal-estar, dor de cabeça, dor ao deglutir, irritabilidade, náuseas, fadiga, perda do apetite, indisposição, inflamação dos gânglios e dor de garganta; pode ocasionar gengivite intensa.




O aspecto clínico e a história da doença pelo VHS são bem característicos.
Para que um indivíduo apresente o herpes simples, é necessário que na infância, ele tenha apresentado a gengivo-estomatite herpética primária. Caracteriza-se por lesões inflamatórias que evoluem a ulcerações superficiais por toda a mucosa bucal, acompanhada de dor, febre, irritabilidade e linfadenopatia regional.
Regridem em 2 a 3 semanas. Isto é a infecção primária, ou seja, o primeiro contato com o vírus causador do herpes simples.
Após a infecção primária, o vírus se instala nos gânglios nervosos regionais, permanecendo latente, dormente, até ser reativado. As lesões recidivantes iniciam-se com ardor local, coceira e aparecimento de pequenas vesículas que coalescem, originando lesões maiores. Posteriormente, estas se rompem ocasionando ulcerações com halo eritematoso, ou seja, a região fica muito vermelha, machucada e dolorida.
Normalmente, as lesões cicatrizam em 7 a 14 dias sem deixar marcas.
Os fatores capazes de desencadear as recidivas, tirar o vírus da latência são: infecções das vias aéreas, doenças que são acompanhadas de febre alta (pneumonia, sinosites...), raios solares, traumatismo, mestruação, estress físico e emocional. As causas predisponentes são as que diminuem a resistência do paciente. Na maioria dos casos, não se consegue identificar o fator desencadeante. É mais freqüente em adultos e em crianças na faixa etária de 1 a 6 anos, podendo estar associado ao período da erupção dentária.
Deve-se fazer tentativas de controle da doença através de quimioterápicos antivirais e programas educativos. Não há tratamento específico, mas a desidratação das vesículas com vapor de cânfora, álcool absoluto, ou tintura composta de benzoía pode acelerar o curso da doença e promover a cicatrização sem seqüelas. O controle da infecção por este vírus baseia-se na prevenção através do cumprimento rigoroso das normas universais de biossegurança. Com um acompanhamento profissional é indicado para tratar, em alguns casos, Aciclovir - compr. (fazer uso do medicamento somente com receita); na fase prodrômica da manifestação do herpes, pode-se usá-lo topicamente de 5 a 6 vezes ao dia. Os casos de resistência são raros e, quando ocorrerem, a droga de eleição é o Foscarnet. O dentista vai saber o que é indicado para seu caso.
O VHS é mais freqüentemente transmitido através do contato direto com lesões ou objetos contaminados. A disseminação assintomática do vírus, através de fluídos orgânicos (sangue, saliva e secreções vaginais) ou das lesões crostosas - consideradas até como não infectantes - constituem uma importante forma de trasmissão.
O vírus sempre está presente na saliva do indivíduo durante a evolução da doença, podendo transmitir-se através de perdigotos e também pelo beijo.
Esse vírus pode infectar a pele ou membranas mucosas. Pode provocar também infecção ocular (via aerossóis ou auto-inoculação), porém não consegue atravessar a pele íntegra.
O VHS pode sobreviver por 2 horas na pele; por 4 horas em superfícies plásticas e por até 3 horas em tecidos.
O vírus quando penetra em um organismo saudável, que não tinha tido contato com o vírus até o momento, ele costuma permanecer em estado de latência. A reativação pode ser estimulada por trauma dos tecidos, estress, imunossupressão, luz ultravioleta, alterações hormonais e infecções.
Atenção
A persistência dessas lesões causadas pelo VHS, por mais de 4 semanas associadas à soropositividade para o HIV é conclusivo para o diagnóstico de AIDS. Procure sempre um profissional da área de saúde para orientações!!!




Seguem algumas ilustrações de herpes simples.







Na região anterior do lábio, temos o herpes simples na fase de crosta, constituem uma importante forma de transmissão, como dito anteriormente. No canto da boca, está o herpes simples ainda na fase de vesículas, esta secreção produzida, é extremamente contagiosa.






Caso de Herpes Recorrente onde o paciente apresentou todos os sinais e sintomas anteriormente relatados no artigo.
Fonte: www.saudevidaonline.com.br